Segundo
o colunista do jornal O Estado de S. Paulo, Sérgio Augusto três das obras mais
importantes do início do regime militar (1964-1985) “nasceram ou tomaram forma”
da prisão de oito intelectuais que protestavam em frente ao hotel Glória, na
cidade do Rio de Janeiro, durante a abertura da conferência da Organização dos
Estados Americanos (OEA), em 1965. Esses intelectuais foram presos no quartel
do 1º Exército, na Rua Barão de Mesquita, no Rio de Janeiro, e ficaram
conhecidos como "os oito do Glória”. O grupo era composto, entre outros,
pelos jornalistas Carlos Heitor Cony, que escreveu “Pessach: A Travessia”,
Glauber Rocha, que finalizou “Terra em Transe”
e Antônio Callado, de “Quarup”. O romance de Cony criticava setores
radicais da esquerda e o Partido Comunista, tendo atraído inimigos durante o
regime. Já o filme de Rocha foi proibido pela censura e dividiu as esquerdas,
agradou a alguns, enquanto outros o consideraram muito confuso e alegórico para
ser compreendido pelas massas. (O Estado de S. Paulo - Cultura - 05/04/14)
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