De
acordo com os jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, uma análise
pericial apresentada à Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro comprovou
que o engenheiro Raul Amaro Nin, apontado como membro do Movimento
Revolucionário Oito de Outubro (MR-8), foi torturado e morto nas dependências
do Hospital Central do Exército (HCE). Segundo O Estado, Ferreira foi preso
durante o regime militar (1964-1985) e levado pela polícia do Exército no dia
01/08/1971 ao Departamento de Ordem Política e Social (Dops), sendo transferido
para o Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de
Defesa Interna (DOI-Codi) no dia seguinte. Em 04/08/1971, o engenheiro, ferido,
foi encaminhado ao HCE, onde morreu oito dias depois. A análise pericial, feita
pelo médico-legista Nelson Massini, provou que Ferreira foi torturado em pelo
menos duas ocasiões durante sua permanência no hospital: entre os dias 06 e 07
e novamente no dia 11/08. O médico ressaltou que este caso poderá dar início à
investigação de outros casos ocorridos no hospital. A presidente da Comissão
Estadual da Verdade do Rio de Janeiro, Nadine Borges, afirmou que “na pior das
guerras ninguém é torturado e morto dentro de um hospital. E isso aconteceu na
ditadura brasileira. O caso de Raul Amaro é o primeiro que tomamos
conhecimento”. (Folha de S. Paulo – Poder – 12/08/14; O Estado de S. Paulo –
Política – 12/08/14)
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