terça-feira, 19 de agosto de 2014

Documento comprovou tortura em hospital militar durante o regime

De acordo com os jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, uma análise pericial apresentada à Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro comprovou que o engenheiro Raul Amaro Nin, apontado como membro do Movimento Revolucionário Oito de Outubro (MR-8), foi torturado e morto nas dependências do Hospital Central do Exército (HCE). Segundo O Estado, Ferreira foi preso durante o regime militar (1964-1985) e levado pela polícia do Exército no dia 01/08/1971 ao Departamento de Ordem Política e Social (Dops), sendo transferido para o Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) no dia seguinte. Em 04/08/1971, o engenheiro, ferido, foi encaminhado ao HCE, onde morreu oito dias depois. A análise pericial, feita pelo médico-legista Nelson Massini, provou que Ferreira foi torturado em pelo menos duas ocasiões durante sua permanência no hospital: entre os dias 06 e 07 e novamente no dia 11/08. O médico ressaltou que este caso poderá dar início à investigação de outros casos ocorridos no hospital. A presidente da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro, Nadine Borges, afirmou que “na pior das guerras ninguém é torturado e morto dentro de um hospital. E isso aconteceu na ditadura brasileira. O caso de Raul Amaro é o primeiro que tomamos conhecimento”. (Folha de S. Paulo – Poder – 12/08/14; O Estado de S. Paulo – Política – 12/08/14)

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