De
acordo com o periódico O Estado de S. Paulo, a Comissão Nacional da Verdade
(CNV) decidiu encaminhar ao Ministério da Defesa um novo pedido de
esclarecimento a respeito das violações aos direitos humanos cometidas nas
dependências das Forças Armadas durante o regime militar (1964-1985). O novo
pedido contesta as respostas fornecidas pelos chefes das três armas em
requisição anterior. Segundo o atual coordenador da CNV, o advogado Pedro
Dallari, nas respostas dadas foram ignorados casos documentados que haviam sido
oficialmente reconhecidos durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso. Além do pedido, a CNV promoverá debates, notas públicas e entrevistas
para pressionar os comandantes militares a reconhecerem publicamente os crimes
cometidos pelas Forças Armadas no período do regime. Segundo o jornal, o
intuito das iniciativas é obter dos militares uma retratação pública, como um
pedido de desculpas, para finalizar a reconciliação nacional. Dallari afirmou
que “é importante que reconheçam as violações, que se diga que foram fatos
lamentáveis e que não deveriam ter ocorrido”, para que a transição para a
democracia seja concluída. De acordo com o coordenador da CNV, as respostas
foram, até agora, decepcionantes e, para ele, a resistência aos pedidos
realizados deve-se, em maior parte, às ações de militares da reserva, uma vez
que "quem está na ativa hoje não tem relação com esse passado
tenebroso". (O Estado de S. Paulo – Política – 11/08/14)
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