De acordo com o
jornal O Estado de S. Paulo, a visita da presidenta da República, Dilma
Rousseff, aos Estados Unidos poderá simbolizar uma nova postura em relação à
cooperação na área de defesa entre os dois países, com aumento na troca de
informações sigilosas, expansão de exercícios militares, aproximação das Forças
Armadas e ampliação das possibilidades de compra e venda de equipamentos no
setor. Como antecipação para o encontro de Rousseff com o presidente
estadunidense, Barack Obama, o governo brasileiro enviou ao Congresso Nacional
dois acordos que haviam sido assinados com os Estados Unidos em 2010, porém
nunca implementados. Entre eles está o novo Acordo de Cooperação em Defesa
(ACD) que regerá a cooperação entre as duas Forças. Os dois países estão sem um
ACD desde 1978, quando o tratado existente foi denunciado pelo Brasil devido às
tentativas dos Estados Unidos para bloquear a transferência de tecnologia
nuclear da Alemanha para o país. O outro é o Acordo Geral de Segurança de
Informação Militar (GSOMIA, em inglês), que estabelece regras para a proteção
de dados sigilosos e proíbe o seu compartilhamento com países terceiros, uma
precondição estadunidense para o fornecimento de informações militares
secretas. Segundo o jornal, a ratificação dos tratados deverá ter impacto
positivo para a indústria de defesa de ambos os países, visto que poderá
ampliar a possibilidade de comercialização de produtos e a cooperação em
pesquisa e desenvolvimento. O Estado também informou que o ministro da Defesa,
Jaques Wagner, deverá se reunir com empresas brasileiras e estadunidenses do
setor e, posteriormente, com o secretário de Defesa estadunidense, Ashton
Carter. O encontro de Wagner com o setor privado deverá ter representantes do
Departamento de Defesa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp) e da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e
Segurança (Abimde). Um dos principais interessados no incremento da cooperação
militar é a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), que fechou contrato de
US$ 428 milhões com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos para venda de
20 aeronaves Super Tucano que deverão ser usadas no Afeganistão. (Folha de S.
Paulo – Mundo – 26/06/15; O Estado de S. Paulo – Política – 25/06/15; O Estado
de S. Paulo – Política – 26/06/15)
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