quinta-feira, 2 de julho de 2015

Cooperação no âmbito de defesa entre Brasil e Estados Unidos

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a visita da presidenta da República, Dilma Rousseff, aos Estados Unidos poderá simbolizar uma nova postura em relação à cooperação na área de defesa entre os dois países, com aumento na troca de informações sigilosas, expansão de exercícios militares, aproximação das Forças Armadas e ampliação das possibilidades de compra e venda de equipamentos no setor. Como antecipação para o encontro de Rousseff com o presidente estadunidense, Barack Obama, o governo brasileiro enviou ao Congresso Nacional dois acordos que haviam sido assinados com os Estados Unidos em 2010, porém nunca implementados. Entre eles está o novo Acordo de Cooperação em Defesa (ACD) que regerá a cooperação entre as duas Forças. Os dois países estão sem um ACD desde 1978, quando o tratado existente foi denunciado pelo Brasil devido às tentativas dos Estados Unidos para bloquear a transferência de tecnologia nuclear da Alemanha para o país. O outro é o Acordo Geral de Segurança de Informação Militar (GSOMIA, em inglês), que estabelece regras para a proteção de dados sigilosos e proíbe o seu compartilhamento com países terceiros, uma precondição estadunidense para o fornecimento de informações militares secretas. Segundo o jornal, a ratificação dos tratados deverá ter impacto positivo para a indústria de defesa de ambos os países, visto que poderá ampliar a possibilidade de comercialização de produtos e a cooperação em pesquisa e desenvolvimento. O Estado também informou que o ministro da Defesa, Jaques Wagner, deverá se reunir com empresas brasileiras e estadunidenses do setor e, posteriormente, com o secretário de Defesa estadunidense, Ashton Carter. O encontro de Wagner com o setor privado deverá ter representantes do Departamento de Defesa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde). Um dos principais interessados no incremento da cooperação militar é a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), que fechou contrato de US$ 428 milhões com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos para venda de 20 aeronaves Super Tucano que deverão ser usadas no Afeganistão. (Folha de S. Paulo – Mundo – 26/06/15; O Estado de S. Paulo – Política – 25/06/15; O Estado de S. Paulo – Política – 26/06/15)

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