Em coluna opinativa
para o jornal Correio Braziliense, Hamilton Pereira, ex-secretário de Cultura
do Distrito Federal, ressaltou a importância de lembrar a parcela da juventude
que se opôs ao regime militar (1964-1985). Pereira destacou a mudança de nome da
Ponte Costa e Silva, em referência a um dos presidentes da República durante o
período, para Ponte Honestino Guimarães, em homenagem ao ex-presidente da União
Nacional dos Estudantes (UNE) preso e morto pelo regime em 1973. Segundo o
colunista, a mudança de nome não representa o esquecimento do General Costa e
Silva, mas sim a lembrança da resistência de parcela da juventude. Pereira
lembrou que a capital federal, Brasília, foi construída sob o impulso de um
“período de interiorização do desenvolvimento” e que a Universidade de Brasília
(UnB), símbolo desse pensamento cosmopolita, foi invadida de forma emblemática
na ocasião da tomada de poder de 1964 e em 1968 com a imposição do Ato
Institucional nº5 (AI-5). Segundo o colunista, ao aprovar o projeto de lei que
permitiu a renomeação da ponte, “Brasília busca cumprir o papel que lhe cabe –
marcar com um símbolo da resistência à ditadura via pública pela qual transitam
cidadãos como prática permanente para perpetuar a memória, alicerce
indispensável para a construção da consciência política necessária à
consolidação da democracia”. Por fim, defendeu a necessidade de pensar
criticamente a história para fortalecer o país. (Correio Braziliense – Opinião
– 18/07/15)
Nenhum comentário:
Postar um comentário