quarta-feira, 29 de julho de 2015

Colunista comentou mudança de nome de ponte na capital federal

Em coluna opinativa para o jornal Correio Braziliense, Hamilton Pereira, ex-secretário de Cultura do Distrito Federal, ressaltou a importância de lembrar a parcela da juventude que se opôs ao regime militar (1964-1985). Pereira destacou a mudança de nome da Ponte Costa e Silva, em referência a um dos presidentes da República durante o período, para Ponte Honestino Guimarães, em homenagem ao ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) preso e morto pelo regime em 1973. Segundo o colunista, a mudança de nome não representa o esquecimento do General Costa e Silva, mas sim a lembrança da resistência de parcela da juventude. Pereira lembrou que a capital federal, Brasília, foi construída sob o impulso de um “período de interiorização do desenvolvimento” e que a Universidade de Brasília (UnB), símbolo desse pensamento cosmopolita, foi invadida de forma emblemática na ocasião da tomada de poder de 1964 e em 1968 com a imposição do Ato Institucional nº5 (AI-5). Segundo o colunista, ao aprovar o projeto de lei que permitiu a renomeação da ponte, “Brasília busca cumprir o papel que lhe cabe – marcar com um símbolo da resistência à ditadura via pública pela qual transitam cidadãos como prática permanente para perpetuar a memória, alicerce indispensável para a construção da consciência política necessária à consolidação da democracia”. Por fim, defendeu a necessidade de pensar criticamente a história para fortalecer o país. (Correio Braziliense – Opinião – 18/07/15)

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