quinta-feira, 23 de julho de 2015

Brasil e Rússia deverão assinar contrato de compra de sistema de defesa antiaérea em 2016

De acordo com o periódico O Estado de S. Paulo, a compra de três conjuntos do sistema russo de defesa antiaérea Pantsir S1 foi um dos assuntos tratados entre Brasil e Rússia no encontro de dirigentes dos BRICS (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) ocorrido em Ufá, na Rússia, entre 08 e 09/07/2015. Segundo o jornal, as negociações bilaterais entre Brasil e Rússia para a aquisição do sistema de artilharia tiveram início em 2012 e há previsão de que um contrato, estimado em 1,3 bilhão de dólares, seja assinado em 2016. Cada força armada brasileira deverá receber uma bateria do sistema, equipado com lançadores de mísseis e canhões de controle eletrônico, sendo cada conjunto composto por seis carretas lançadoras semi-blindadas e veículos de apoio, como carro de comando-controle, remuniciadores, radar secundário e unidade meteorológica. Segundo o jornal, o equipamento é considerado muito moderno e conta com radar de detecção com capacidade de localizar alvos “na cadência de 10 deles por minuto em uma área de 36,5 quilômetros”, com tempo de reação estimado em 20 segundos. Os disparadores são carregados com 12 unidades do míssil 57E6 e o sistema conta ainda com canhões de tiro rápido de 30 milímetros com acessórios capazes de abater aeronaves entre 15 e 20 quilômetros de distância à uma altura de 15 mil metros. Segundo o periódico, especialistas do Ministério da Defesa acreditam que o preço final do contrato poderá ser reduzido. Há previsão de que as entregas iniciais sejam feitas 18 meses após assinatura do acordo. O periódico informou que alguns dos componentes do Pantsir S1 poderão ser substituídos por peças feitas no Brasil. “As carretas de tração integral, por exemplo, seriam trocadas pelo modelo 6×6 da Avibrás Aeroespacial, da cidade de São José dos Campos, que utiliza os veículos no conjunto Astros-2, lançador de foguetes livres.” O radar de campo também poderá ser substituído pelo Saber M200, de 200 quilômetros de raio de ação, produzido pela BraDar, subsidiária da Embraer Defesa e Segurança, o qual rastreia até 40 objetivos simultaneamente, priorizando a reação pelo grau de ameaça. As negociações entre Brasil e Rússia poderão envolver ainda a encomenda de duas baterias do míssil antiaéreo russo Igla, versão S/9K38, leve o suficiente para ser disparado do ombro de um único soldado. (O Estado de S. Paulo – Política – 11/07/15)

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