Segundo os periódicos
Correio Braziliense, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, atletas
brasileiros que recebem apoio financeiro das Forças Armadas estão prestando
continência durante a cerimônia de premiação dos Jogos Pan-Americanos de
Toronto, no Canadá. Os jornais estimam que 123 atletas dos 590 integrantes da
delegação brasileira nos Jogos possuem relação com Exército, Marinha ou
Aeronáutica. Entre as 55 medalhas conquistadas pelo Brasil até o dia 15/07/15,
26 são de atletas vinculados às Forças Armadas. De acordo com O Estado, os
atletas afirmaram que não são obrigados a prestarem continência, mas revelaram
que houve uma recomendação para que o fizessem. Segundo o Correio, alguns
entenderam o ato como uma manifestação política, a qual o Comitê Olímpico
Internacional (COI) proíbe. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) defendeu a
prestação de continência no pódio feita pelos atletas e afirmou que a prática é
uma regra militar e uma manifestação de patriotismo, sem qualquer conotação
política. Em nota, o COB informou que “o militar da ativa deve, em ocasiões
solenes, prestar continência à Bandeira e ao Hino Nacional Brasileiro e de
países amigos. É bom notar que esses atletas não são militares apenas quando
estão fardados, mas sim todo o tempo”. Segundo o secretário executivo do
Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, o gesto não é um problema, mas poderia
ser evitado. Leyser defendeu que “esse desempenho do Brasil é fruto do trabalho
e do investimento de vários atores, como o governo federal, Comitê Olímpico,
confederações, patrocinadores e militares”. (Correio Braziliense –
Superesportes – 16/07/15; Folha de S. Paulo – Esportes – 16/07/15; O Estado de
S. Paulo – Esportes – 16/07/15)
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