quinta-feira, 23 de julho de 2015

Atletas brasileiros que prestaram continência em cerimônias nos Jogos Pan-Americanos causam polêmica

Segundo os periódicos Correio Braziliense, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, atletas brasileiros que recebem apoio financeiro das Forças Armadas estão prestando continência durante a cerimônia de premiação dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá. Os jornais estimam que 123 atletas dos 590 integrantes da delegação brasileira nos Jogos possuem relação com Exército, Marinha ou Aeronáutica. Entre as 55 medalhas conquistadas pelo Brasil até o dia 15/07/15, 26 são de atletas vinculados às Forças Armadas. De acordo com O Estado, os atletas afirmaram que não são obrigados a prestarem continência, mas revelaram que houve uma recomendação para que o fizessem. Segundo o Correio, alguns entenderam o ato como uma manifestação política, a qual o Comitê Olímpico Internacional (COI) proíbe. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) defendeu a prestação de continência no pódio feita pelos atletas e afirmou que a prática é uma regra militar e uma manifestação de patriotismo, sem qualquer conotação política. Em nota, o COB informou que “o militar da ativa deve, em ocasiões solenes, prestar continência à Bandeira e ao Hino Nacional Brasileiro e de países amigos. É bom notar que esses atletas não são militares apenas quando estão fardados, mas sim todo o tempo”. Segundo o secretário executivo do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, o gesto não é um problema, mas poderia ser evitado. Leyser defendeu que “esse desempenho do Brasil é fruto do trabalho e do investimento de vários atores, como o governo federal, Comitê Olímpico, confederações, patrocinadores e militares”. (Correio Braziliense – Superesportes – 16/07/15; Folha de S. Paulo – Esportes – 16/07/15; O Estado de S. Paulo – Esportes – 16/07/15)

Nenhum comentário:

Postar um comentário