De
acordo com o jornal O Estado de S. Paulo,
o Ministério Público Federal (MPF) ingressou na Justiça com uma ação civil
pública contra a União e o coronel da reserva do Exército Lício Augusto Ribeiro
Maciel pela prisão, tortura e homicídio de quatro militantes do Movimento de
Libertação Popular (Molipo) que lutava contra o regime militar (1964-1985) nas
cidades que hoje pertencem ao estado do Tocantins. Os corpos de Ruy Carlos
Vieira Berbert, Jeová Assis Gomes, Boanerges de Souza Massa e Arno Preiss nunca
foram encontrados. Na ação, o MPF pede a preservação da prisão onde Berbert
morreu e também que a União seja declarada responsável pelos crimes e pelas
omissões na identificação dos responsáveis e nas circunstâncias que os atos de
violência ocorreram. De acordo com o Estado, os coronéis da reserva,
Sebastião Curió e Maciel estão entre os agentes mais processados pelo
Ministério Público por violações de direitos humanos. Maciel, em entrevista ao
jornal, afirmou que "estava combatendo comunistas guerrilheiros, como esses
vagabundos da Molipo" e que "os que resistiram, morreram; quem não
reagiu, viveu". A Advocacia Geral da União (AGU) contestará a ação
afirmando que casos semelhantes a estes foram perdoados com base na Lei da
Anistia de 1979. (O Estado de S. Paulo – Nacional – 23/11/12)
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