De
acordo com os jornais Correio Braziliense
e O Estado de S. Paulo, cerca de
70 mil páginas de documentos referentes ao regime militar brasileiro
(1964-1985) serão abertas à consulta pública até outubro de 2013. Os arquivos
estão na cidade de Roma, Itália, e serão digitalizados e integrados ao centro
de documentação do Memorial da Anistia, que está em construção na cidade de
Belo Horizonte, estado de Minas Gerais. Além do material impresso, também serão
recuperados fotografias e vídeos. Tal ação integra o projeto Marcas da Memória,
da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Para o presidente da Comissão
de Anistia, Paulo Abrão, tais arquivos representam um rico acervo preservado
sobre a época do regime militar e “reforça o papel da resistência no
exterior”. A abertura de tais documentos
está sendo negociada desde 2010 com a instituição italiana Tribunal
Internacional de Opinião Russell 2, uma organização independente que foi criada
na década de 1970 com a finalidade de denunciar violações de diretos humanos na
América Latina. Tal instituição possibilitou que perseguidos políticos
registrassem denúncias e relatassem a situação de direitos humanos no Brasil. Os
arquivos que serão digitalizados também possuem registros sobre o 1º Congresso
Nacional da Comissão Brasileira pela Anistia, realizado em 1978, que antecedeu
a edição da Lei da Anistia, de 1979. (Correio Braziliense – Política – 06/11/12; O
Estado de S. Paulo – Nacional – 06/11/12)
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