Segundo
o periódico Correio Braziliense, foi
lançado no dia 29/10/12 o livro “Seu amigo esteve aqui”, da jornalista Cristina
Chacel, que conta a trajetória do militante de esquerda Carlos Alberto Soares
de Freitas –conhecido como Beto– que teve importante atuação na luta contra o
regime militar (1964-1985), e desapareceu após ter sido preso em fevereiro de 1971. A autora, que foi
convidada por amigos e familiares de Freitas para escrever sua história, utilizou
60 depoimentos de pessoas que conviveram com ele em diferentes períodos,
incluindo o da presidenta da República, Dilma Rousseff. Freitas, nascido em
1939, na cidade de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, ingressou no
curso de sociologia da Universidade Federal de Minas Gerais, onde iniciou seu
ativismo político. Defensor dos ideais marxistas, o jovem tornou-se importante
liderança nos movimentos de esquerda. De acordo com Rousseff, em seu
depoimento, "foi assim que eu me iniciei no marxismo. Depois ele dava os
livros do Lenin. Eu li tudo do Lenin com ele, tudo, sem exceção". Em outro
depoimento, uma ex-presa política afirmou que Freitas foi preso na cidade do
Rio de Janeiro e, posteriormente, levado para uma casa clandestina na cidade de
Petrópolis, também no estado do Rio de Janeiro, que era conhecida como Casa da
Morte. Em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, o sargento reformado
Marival Dias Chaves afirmou que cerca de 100 presos políticos foram levados à
Casa da Morte, interrogados sob tortura, e depois assassinados. (Correio
Braziliense – 03/11/12)
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