Conforme
publicado no periódico Folha de S. Paulo,
o advogado e ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, que assumiu, no dia
26/08/13, a coordenação da Comissão Nacional da Verdade (CNV), afirmou, em
entrevista ao jornal, que haverá mudanças nos trabalhos da comissão, que “ficará
mais agressiva”. Entre as mudanças, segundo Dias, está o aprimoramento do trabalho,
com o depoimento de vítimas do regime militar (1964-1985) e confrontação com os
depoimentos dos agentes da repressão. O coordenador da CNV também confirmou um acordo com a Polícia Federal para que esta conduza, se necessário de
forma coercitiva, as pessoas convocadas que não comparecerem para depor na
comissão. Segundo Dias, os convocados devem comparecer à sessão, mesmo que
permaneçam em silêncio. Já sobre as desavenças entre membros do grupo, Dias
declarou que “o pior já passou” e que não há crise, apenas “diferenças de
temperamento”. De acordo com Dias, 348 depoimentos já foram tomados e cerca de
300 pessoas ainda serão ouvidas, além de inúmeros documentos digitalizados,
audiências públicas realizadas e acordos firmados com 21 comissões estaduais e
municipais, cuja cooperação será aprofundada para facilitar a coleta de
depoimentos de agentes da repressão por essas comissões, já que somente a CNV
tem o poder de convocar depoentes. Segundo o jornal, não se sabe ainda se o
relatório final será entregue em maio de 2014 ou se será estendido para o final
desse mesmo ano. Ainda de acordo com a Folha, a presidenta da República, Dilma Rousseff, nomeou no dia
02/09/13 o advogado e professor da Faculdade de Direito da Universidade de São
Paulo (USP), Pedro de Abreu Dallari, como novo membro da CNV. A Comissão ainda
carece de um membro, que será nomeado pela presidenta em breve. (Folha de S. Paulo – Poder – 31/08/13; Folha de S. Paulo – Poder –
03/09/13)
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