De acordo com os jornais Correio Braziliense e O
Estado de S. Paulo, o presidente da Comissão Estadual da Verdade do Rio de
Janeiro, Wadih Damous, afirmou que pretende pedir ao Ministério Público a
reabertura da investigação acerca da carta-bomba entregue à Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro em 1980. Depois de ouvir ex-agentes da
Polícia Federal que participaram das investigações e relatos que denunciam a
participação de oficiais do Exército e do extinto Serviço Nacional de
Informações (SNI) na apuração do caso, Damous acredita que o inquérito aberto
na época foi uma “farsa”. Além disso, Damous acredita que pode comprovar a
existência de conexão entres os atentados da OAB e do Riocentro, quando uma
bomba explodiu no estacionamento do centro de convenções durante as
festividades do dia do trabalho (01/05/1981). O advogado Luiz Felippe Monteiro,
filho de Lyda Monteiro, morta no atentado à OAB, afirmou ter havido um acordo
político entre oposição e governo para que as investigações sobre o caso não
avançassem, em troca das eleições de 1982. Segundo a integrante da Comissão
Nacional da Verdade, Rosa Maria Cardoso, o crime em questão não estaria abarcado
pela Lei da Anistia (1979), pois ocorreu em 1980. (Correio Braziliense –
28/08/13; O Estado de S. Paulo – Política – 28/08/13).
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