terça-feira, 28 de outubro de 2014

Dilma Rousseff, Aécio Neves e o regime militar

De acordo com o periódico Folha de S. Paulo, os candidatos à presidência da República, Dilma Rousseff e Aécio Neves, foram vigiados pelo regime militar brasileiro (1964-1985). Rousseff foi presa em 1970 por participar da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares) e do Comando de Liberdade Nacional (Colina) contra o regime militar até que foi libertada em 1972. Em 1975 ao ingressar como estagiária de economia na Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul passou a ser vigiada novamente pelos serviços de inteligência do regime militar que afirmavam em seus informes que havia uma “”infiltração esquerdista e comunista” em órgãos do governo”. Segundo a Folha há centenas de documentos produzidos pelo Serviço Nacional de Inteligência (SNI) e pelas Forças Armadas, no Arquivo Nacional, sobre a vida de Rousseff em Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul. Rousseff foi vigiada de 1968 a 1989. No início de 1980 Rousseff foi descrita como um militante ativa da causa feminista e do trabalhismo, que achava que a política não era “muito limpa”. Já Neves era visto como representante da esquerda moderada. O jornal localizou no Arquivo Nacional 162 conjuntos de papéis com análises genéricas sobre Neves produzidos pelo SNI e o Centro de Informações da Aeronáutica (Cisa). Neves foi deputado federal em 1986 e atuou como coordenador nacional dos comitês “Jovem Pró-Tancredo Neves”. Segundo a Folha, a pouca atenção dada a Neves está ligada a sua idade, pois quando o Golpe de 1964 ocorreu, ele tinha quatro anos de idade. Além disso, não era visto como um elemento perigoso para o regime, mesmo tendo participado da 12º Festival Mundial da Juventude, em Moscou. Para o regime Neves era influenciado pelas ideias liberais de seu avô Tancredo Neves e pelas teses da esquerda moderada mineira. (Folha de S. Paulo – Especial – 24/10/14)

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