Fernando Frazão - Agência Brasil. 07/04/14. Exército no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro: Forças Armadas destacarão 30 mil homens para as eleições. Correio Braziliense, Brasília. 27 set 2014.
De
acordo com os periódicos Correio Braziliense e O Estado de S. Paulo, cerca de
30 mil militares reforçaram a segurança de aproximadamente 200 municípios
durante as eleições de 2014, ocorridas em 05/10. Segundo o Correio, o número
representa quase o dobro do efetivo utilizado nas eleições de 2010, e foi
requerido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As Forças Armadas atuaram em
Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), objetivando viabilizar a
normalidade da votação e apuração das eleições, principalmente em locais de
difícil acesso. De acordo com o periódico, estados do Norte e Nordeste são o
que mais solicitaram efetivos militares, sendo que, somados, os estados do
Piauí, Pará e Rio Grande do Norte representam 75,6% das localidades que
requisitaram apoio federal. O único estado fora dessas duas regiões que irá
receber apoio das Forças Armadas é o Rio de Janeiro, onde estavam prevista a
atuação dos militares em 15 comunidades do Complexo de Favelas da Maré, na
cidade do Rio de Janeiro. O Correio afirmou que as Forças Armadas poderão
efetuar a prisão de pessoas flagradas cometendo atos ilícios durante as
eleições, como campanhas em “boca de urna”, mas que o deslocamento desses deve
ser realizado pela Polícia Militar. O Estado ressaltou a ação dos militares em
áreas de difícil acesso, como por exemplo o transporte de eletrônica à ilha
oceânica da Caçaoeira, no litoral do estado do Maranhão. Um oficial da Marinha
apontou que “a missão mais complexa talvez seja a de chegar ‘aos fundos do
Brasil’”, e relembrou o esforço para transportar material eletrônico e
funcionários a pontos da Amazônia em 2012. O jornal ressaltou que recursos de
alta tecnologia poderiam ser utilizados neste tipo de operação pela primeira
vez, como o uso de drones, e afirmou que o Estado Maior Conjunto da Defesa
acompanharia informações de todas as regiões do país através do Centro de
Operações Conjuntas, na capital federal, Brasília. O TSE, por sua vez, teria
acesso aos dados em tempo real através do Centro Integrado de Controle e Comando,
o que, segundo o jornal, representa um legado da Copa do Mundo. (Correio
Braziliense – 27/09/14; O Estado de S. Paulo – Política – 30/09/14)
Nenhum comentário:
Postar um comentário