Segundo o jornal
Correio Braziliense, o Supremo Tribunal Federal (STF) retomou o caso sobre a
morte do ex-deputado Rubens Paiva durante o regime militar (1964-1985). O
ministro Teori Zavaski autorizou o pedido feito pelo Ministério Público (MP) de
antecipação de depoimentos para a produção de provas contra militares suspeitos
de envolvimento na morte do ex-deputado, sob a acusação de homicídio e
ocultação de cadáver. De acordo com o Correio, o MP fez o pedido para
resguardar provas, temendo que alguns depoentes falecessem por possuírem idade
avançada, como é o caso de Inês Etienne Romeu, falecida no mês de abril de
2015, que era a única sobrevivente da chamada “Casa da Morte”, localizada na
cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro. A oitiva antecipada das testemunhas
foi solicitada após militares denunciados em 2014 pela procuradoria, como o
general Antônio Nogueira Belham, entrarem com uma reclamação no STF distribuída
a Zavaski, alegando não poder ser denunciados pelo MP por conta da Lei da
Anistia (1979). Segundo o periódico, na ocasião, o magistrado suspendeu o
processo na Justiça Federal do Rio de Janeiro. Uma das testemunhas a ser ouvida
é Marilene Corona Franco, à época estudante de psicologia e exilada no Chile
quando, em 1971, encarregada de entregar cartas a Paiva na prisão, foi presa
antes de desembarcar do avião. Outra testemunha é o major da Polícia Militar
Riscala Corbage. (Correio Braziliense – Brasil – 27/09/15)
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