Segundo os jornais
Correio Braziliense e O Estado de S. Paulo, o general do Exército Eduardo Dias
da Costa Villas Bôas afirmou em audiência pública no Senado, no dia 25/09/15,
que a indústria de Defesa do país pode retroceder devido aos cortes na área. De acordo com o
periódico, o general, convidado pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa
Nacional para participar da audiência, citou projetos estratégicos que estão
sendo adiados pela falta de dinheiro, como o projeto na área de defesa
cibernética, cuja conclusão estava prevista para o ano de 2014, mas foi adiada
para o ano de 2017, e o do sistema Astros, relativo ao desenvolvimento de
lançadores de foguetes, prorrogado do ano de 2018 para o ano de 2023. Para
Villas Bôas, “essas tecnologias se tornam obsoletas com muita rapidez” e por
isso os projetos poderão estar ultrapassados já na data de entrega. Segundo O
Estado, durante a audiência, o senador Ricardo Ferraço e o general criticaram o
então ministro da Defesa, Jaques Wagner, pois, segundo eles, Wagner estaria
mais preocupado com as questões políticas que com os problemas atuais da
Defesa. Entretanto, segundo o ministro, os cortes foram negociados
conjuntamente com as Forças Armadas e o governo federal, e os projetos
estratégicos foram desacelerados, mas não paralisados. De acordo com o Correio,
Ferraço afirmou que a situação econômica atual não deve ser apontada como a
única causa dos cortes, pois desde o ano 2012 já existiam problemas na área de
desenvolvimento de projetos de Defesa. O jornal afirmou que o senador planeja
concluir até o mês de novembro de 2015 um diagnóstico sobre a crise financeira
das Forças Armadas, com o qual seria possível indicar ao Ministério da Defesa
os projetos que devem ser paralisados para que outros possam ser concluídos.
(Correio Braziliense – Política – 28/09/15; O Estado de S. Paulo – Política –
26/09/15)
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