Em coluna opinativa
para o jornal Correio Braziliense, o empresário José Horta Manzano analisou a
aspiração brasileira de tornar-se membro permanente do Conselho de Segurança da
Organização das Nações Unidas (ONU). Além do Brasil, Manzano mencionou a
Alemanha, a Índia e o Japão, constituintes do G4, um grupo de países que
reivindica uma reforma na ONU, incluindo o aumento do número de assentos
permanentes no Conselho. A motivação comum desses países é, segundo Manzano, a
recuperação do prestígio perdido ou “nunca havido”. Em relação às motivações
individuais, a justificativa para a reivindicação da Alemanha e do Japão seria
alcançar o reconhecimento perdido na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). No
caso da Índia, o argumento seria sua grande população, aliado ao fato do país
ter armamento nuclear. Já no caso brasileiro, Manzano afirmou que a justificativa
é menos aparente, dado que a visão dos outros países em relação ao Brasil
sofreu poucas mudanças desde que a criação da ONU. Segundo ele, a posição do
país no sistema internacional alterou-se de modo limitado nas últimas décadas,
fato que decorre do desenvolvimento e aumento de influência de outras nações.
Ao analisar as chances que o Brasil teria para ingressar no Conselho, o
empresário julgou que estas “são próximas de zero”, levando em conta que um
novo membro tem que ser aceito por todas as nações que já tem uma cadeira
cativa. Além disso, Manzano argumentou que o Brasil tem assuntos internos mais
importantes a tratar e aconselhou o país a “assumir postura diplomática séria e
coerente”. (Correio Braziliense - Opinião - 03/10/15)
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