De acordo com o jornal Correio Braziliense, no dia 20/07/13, antevéspera da chegada do
papa Francisco ao Brasil, a presidenta da República, Dilma Rousseff, se
encontrou com os ministros da Defesa, Celso Amorim, da Justiça, José Eduardo
Cardoso, da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e
das Relações Exteriores, Antônio Patriota, com o intuito de revisar detalhes da
atuação do governo federal na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), especialmente
no que se referia às ações de segurança e logística, assim como atividades que
envolveriam a presidenta. A Agência Brasileira de Inteligência alertou sobre a
possibilidade de manifestações durante o evento; porém, o governador do estado do
Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, afirmou, em coletiva de imprensa, que as forças
de segurança estavam preparadas para lidar com a situação, recusando a oferta
de Rousseff em disponibilizar homens do Exército para auxiliar na manutenção da
ordem, com atenção à zona sul da cidade. Segundo o Correio, a atmosfera que predominava entre as autoridades
brasileiras durante a visita do papa Francisco ao país era de apreensão,
principalmente por causa das manifestações que vem ocorrendo no Brasil desde o
último mês, e que ocorreram durante a JMJ. Outros problemas foram a decisão do
pontífice de abrir mão de alguns aparatos de segurança, como os carros
blindados, para que pudesse estar mais próximo da população; e algumas mudanças
na agenda do evento. Segundo o general e coordenador da segurança das Forças Armadas, José
Abreu, haveria maior tranquilidade por parte dos responsáveis pela segurança se
o papa tivesse optado por carros blindados. De acordo com os jornais Correio Braziliense e O Estado de S. Paulo, na chegada ao
país, o pontífice foi recebido por autoridades brasileiras no Palácio Guanabara,
realizando o deslocamento em helicóptero do 3º Comando Aéreo Regional. Já no
terceiro dia de estadia, o papa Francisco visitou o Santuário Nacional de Nossa
Senhora de Aparecida, na cidade de Aparecida do Norte, estado de São Paulo, e
contou com uma equipe de segurança de 5 mil homens das Forças Armadas e das
Polícias Civil, Militar e Federal, dentre esses 2,2 mil soldados do Exército. Segundo
os jornais Correio, Folha de S. Paulo
e O Estado, durante as revistas no
Santuário, membros da Força Aérea Brasileira (FAB) encontraram uma bomba
caseira composta por cano plástico “recheado de explosivos” e reforçado com
fita adesiva. Após a descoberta, a FAB acionou o Esquadrão Antibombas do
Grupo de Ações Táticas
Especiais da Polícia Militar, que isolou o lugar e, após análise de risco,
detonou o artefato. Durante a visita do papa ao Santuário de Aparecida, 4.040
militares do Centro de Coordenação de Defesa de Área de São Paulo acompanharam
os procedimentos de segurança aérea, que incluiu quatro helicópteros do Comando
de Aviação do Exército, os quais permaneceram no ar com equipes de intervenção
rápida antiterrorismo e de resgate, sendo uma das aeronaves equipada com
sistema ótico digital de grande distância em alta resolução. Atiradores de
precisão (snipers) do esquadrão da Guarda Suíça, capazes de atingir alvos a 800
metros, estavam posicionados na cobertura da praça do Santuário. No dia 26/07/13,
O Estado informou que militares da
Marinha e agentes da Policia Federal revistaram oito casas que poderiam ser
visitadas pelo papa em sua visita à favela da Varginha, na zona norte do Rio de
Janeiro. Segundo O Estado, os
fuzileiros navais procuravam por artefatos químicos, biológicos, radiológicos e
nucleares e os policiais federais por explosivos. De acordo com o Correio, o esquema de segurança
individual preparado para o papa Francisco foi o maior do gênero já montado no
país, e contou ao todo com o envolvimento de cerca de 17 mil homens. Além
disso, de acordo com O Estado, o
preço final das operações de segurança para a visita do pontífice foi menor que
a estimativa inicial. O governo, que previa gasto de R$ 74 milhões, pagou
apenas R$ 27,5 milhões em treinamento, combustível, transporte, alimentação e
infraestrutura. Segundo Amorim, "os principais investimentos visam a
modernizar as Forças Armadas e não apenas atender às demandas dos grandes
eventos”. (Correio Braziliense – 20/07/13; Correio Braziliense
– 21/07/13; Correio Braziliense – Política – 22/07/13; Correio
Braziliense – 23/07/13; Correio Braziliense - 24/07/13; Folha de S.
Paulo – Poder – 22/07/13; Folha de S. Paulo – Poder – 23/07/13; O Estado de S.
Paulo – Metrópole – 20/07/13; O Estado de S. Paulo – Metrópole – 21/07/13; O Estado
de S. Paulo – Metrópole – 23/07/13; O Estado de S. Paulo – Metrópole –
24/07/13; O Estado de S. Paulo – Metrópole – 25/07/13; O Estado de S. Paulo –
Metrópole – 26/07/13)
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