De
acordo com o periódico Folha de S. Paulo, o governo brasileiro gastou, desde
2004 até dezembro de 2012, R$ 689 milhões com adicionais salariais para os
militares que serviram na missão da Organização Nações Unidas (ONU) no Haiti,
valor que até então não integrava os balanços do governo. A indenização é
prevista em lei aprovada pelo Congresso Nacional e consiste em uma remuneração
mensal extra, paga em dólar aos militares que participam da missão no Haiti.
Segundo a Folha, em justificativa enviada em 2004 ao Congresso Nacional para
aprovação da lei, o então ministro da Defesa, José Viegas, ressaltou que os
gastos com a operação de paz estariam relacionados “em linhas gerais” com o
pagamento dos militares no exterior e as viagens de inspeção, apoio e
coordenação, uma vez que os demais custos seriam cobertos pela indenização
prevista na legislação da ONU para esse tipo de operação. Porém, dos R$ 3,04 bilhões
investidos pelo governo brasileiro, apenas R$ 709 milhões foram reembolsados
pela Organização. O Ministério da Defesa informou em nota à Folha que os gastos
cobertos pela ONU seriam relativos ao emprego efetivo das tropas e que os
custos referentes às fases anteriores e posteriores são arcados pelo país
contribuinte. Apesar de não haver previsão oficial para retirada das tropas
brasileiras do Haiti, que hoje são formadas por 1.120 militares, o atual
ministro da Defesa, Celso Amorim, revelou em maio de 2013 que pretende
"progressivamente deixar para o Haiti a responsabilidade por sua segurança
e pela manutenção da lei e da ordem". O Exército ressaltou em nota que a
presença brasileira no Haiti traz prestigio à política externa e às Forças Armadas
brasileiras. (Folha de S. Paulo – Mundo – 30/07/13)
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