De
acordo com os jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, a integrante da
Comissão Nacional da Verdade (CNV) Rosa Maria Cardoso anunciou, no dia
19/08/13, durante uma audiência conjunta com a Comissão Estadual da Verdade de
São Paulo, que a CNV convocará novamente para depor o coronel reformado do
Exército, Carlos Alberto Brilhante Ustra, que comandou o Destacamento de
Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa (DOI-Codi) de 1970 a
1974 durante o regime militar (1964-1985). Em seu depoimento à CNV, em 05/08/13,
Ustra defendeu o regime militar e negou os crimes cometidos durante o período,
alegando que estava apenas cumprindo ordens. Familiares das vítimas e ex-presos
políticos consideraram que o interrogatório foi feito de forma inadequada e
apresentaram, no dia 19/08/13, informações sobre o envolvimento de Ustra em
torturas e mortes, pedirando que o coronel fosse interrogado novamente. Cardoso
culpou a falta de experiência da Comissão pelo resultado insatisfatório dessa
audiência e afirmou que, no próximo depoimento, o coronel será confrontado com
testemunhas e inquirido a respeito de novos documentos que contém informações
sobre torturas e mortes no DOI-Codi durante seu comando, um total de 502 casos
de maus-tratos e 40 mortes. Cardoso afirmou ainda que o foco da Comissão se
mantém em Ustra pelo fato do coronel ser um dos "símbolos da ditadura”, o
que causará “uma repercussão três vezes maior" dos trabalhos do colegiado
. A reconvocação de Ustra será analisada pelo novo coordenador José Carlos
Dias. (Folha de S. Paulo – Poder –
20/08/13; O Estado de S. Paulo – Política – 20/08/13)
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