De acordo com o jornal Correio Braziliense, o
guerrilheiro Wellington Moreira Diniz revelou pela primeira vez, em depoimento
ao Correio e ao periódico Estado de Minas, detalhes de sua biografia. Diniz,
que lutou contra o regime militar no Brasil (1964-1985), foi acusado de 38
assaltos e 12 assassinatos e foi julgado no dia 24/05/13 pela Comissão de
Anistia do Ministério da Justiça. Diniz, que diz ter começado a militância
política na escola técnica industrial, integrou a Ação Popular (AP) e foi preso
em 1968. Após deixar a prisão, ingressou no Comando de Libertação Nacional
(Colina), que se fundiu com a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e formou a
Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). De acordo com Diniz,
sua maior e mais notória ação foi o roubo de US$ 2,598 milhões do cofre da
amante do político Adhemar de Barros, estando entre os líderes dos 11
militantes da VAR-Palmares que participaram da ação. Após o assalto houve um encontro
da VAR-Palmares em Teresópolis, estado do Rio de Janeiro, reunindo um grupo
liderado pelo ex-capitão do Exército, Carlos Lamarca, que priorizava ações
armadas, e outro grupo, do qual Dilma Rousseff fazia parte, que defendia a
conscientização de trabalhadores. Diniz, que era segurança de Lamarca, foi
preso no Rio de Janeiro e torturado. Sua libertação foi negociada em troca do
embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher, sequestrado pelo grupo de Lamarca.
Após ser solto, fugiu para o Chile onde foi segurança do então presidente
cubano, Fidel Castro, em visita ao país governado por Salvador Allende. Viveu
no Chile até o general Augusto Pinochet tomar o poder. Tendo o nome incluído na
lista de procurados, Diniz fugiu para a Itália. (Correio Braziliense – 19/05/13)
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