De
acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o cantor Amado Batista declarou em
entrevista à jornalista Marília Gabriela que mereceu ser torturado pelo regime
militar (1964-1985) e que compreendia o tratamento que lhe foi dispensado,
conforme reportado no Informe Brasil 17/2013. O psicanalista Sérgio Telles
ofereceu uma hipótese interpretativa à declaração, enquadrando-a na “Síndrome
de Estocolmo”, mecanismo psicológico de defesa cujo nome remete ao caso de
vítimas que defenderam seus sequestradores na cidade de Estocolmo. Telles
explicou que em uma situação de tortura, a vítima se sente desamparada, tendo
como senhor absoluto e dono da sua vida e sua morte o torturador. Essa
experiência traumática pode fazer com que haja, por parte da vítima, certa
“identificação com o agressor”. O psicanalista ressaltou que sua interpretação
é apenas uma hipótese e que a declaração de Batista merece respeito e não deve
ser censurada. (O Estado de S. Paulo – Aliás – 02/06/13)
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