De acordo com os periódicos Correio
Braziliense e Folha de S. Paulo, o campo cultural no período do regime militar
(1964-1985) dividiu-se entre o engajamento político e a renovação estética.
Nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Glauber Rocha contribuíram com obras
que capturavam as mudanças em curso no país, tais como “a impotência do
intelectual militante, o desenvolvimento dos meios de comunicação de massa e os
disparates de uma sociedade que se debatia entre o arcaico e o moderno”. O
Correio relembrou a tentativa feita pela cantora Joan Baez, símbolo da
contracultura estadunidense, de se apresentar no Brasil na época do regime.
Após ter se apresentado no Chile, durante o governo do general Augusto
Pinochet, e na Argentina, sob a presidência do general Jorge Rafael Videla, Baez foi ameaçada de prisão
caso insistisse em se apresentar no Brasil. Apesar do local reservado para o
show, o auditório da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP),
ter extrapolado sua lotação máxima, a cantora não pode subir ao palco. Coube ao
senador Eduardo Suplicy explicar ao público que as canções da cantora não
haviam passado pela censura federal. (Correio Braziliense – Diversão e arte –
24/05/14; Folha de S. Paulo – Especial – 23/03/14)
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