De
acordo com os periódicos Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, a Justiça
Federal iniciou no dia 09/12/13, na cidade de São Paulo, as audiências para
apurar a acusação do Ministério Público Federal (MPF) de que o coronel Carlos
Alberto Brilhante Ustra e os delegados Alcides Singillo e Carlos Alberto
Augusto seriam responsáveis pelo sequestro de Edgar Aquino Duarte, ex-fuzileiro
naval expulso das Forças Armadas por se opor ao golpe de 1964. Segundo o Estado,
Duarte está na lista de desaparecidos políticos do regime militar (1964-1985)
desde 1973. O MPF acredita que Duarte, que era amigo do militar José Anselmo
dos Santos, conhecido por Cabo Anselmo, teria sido preso ilegalmente em 1971 e
levado para o Destacamento de Operação de Informações – Centro de Operações de
Defesa Interna (DOI-Codi), por colocar em risco a atuação disfarçada de Santos
junto aos grupos de esquerda. Todas as testemunhas ouvidas até o momento
identificaram Ustra como responsável pelas torturas ocorridas no DOI-Codi,
órgão do qual era chefe. No primeiro dia de audiência, 09/12/13, o militante da
Aliança Libertadora Nacional (ALN), José Damião Trindade, afirmou em seu
depoimento que foi torturado por Ustra e que conviveu com Duarte na prisão.
Outro militante da ALN, Artur Machado Sciavone, também afirmou ter sido
agredido por Ustra e que o militar sabia que Duarte estava das dependências do
DOI-Codi. No segundo dia de audiência, 10/12/13, o ex-preso político Ivan
Akselrud de Seixas foi o primeiro a apontar, em seu depoimento, que Carlos
Alberto Augusto foi um dos responsáveis pela prisão de Duarte. Ustra ainda não
compareceu em nenhuma das sessões. (Folha de S. Paulo – Poder – 10/12/13; Folha
de S. Paulo – Poder – 11/12/13; O Estado de S. Paulo – Política – 10/12/13)
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