Segundo o periódico Folha de S. Paulo, os documentos
produzidos pela Comissão Geral de Investigações (CGI) durante o período do
regime militar (1964-1985), que foram abertos à consulta pelo Arquivo Nacional,
estão agora disponíveis ao público graças à Lei de Acesso à Informação. A CGI,
criada em 1968 e extinta em 1979, era formada por militares e funcionava como
um tribunal sumário, que detinha o poder de bloquear bens e quebrar sigilos
bancário e fiscal de investigados sem que fosse necessária a autorização de um
juiz ou procurador. A comissão investigou aproximadamente 25 mil pessoas,
dentre elas os ex-presidentes João Goulart e Juscelino Kubitschek. A
investigação sobre Goulart consistiu em tentar provar enriquecimento ilícito de
sua parte, entretanto o processo foi arquivado sem que nada fosse provado. O
mesmo aconteceu com o processo iniciado contra Kubitschek. De acordo com o
professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) Jorge Ferreira esses
documentos consistem em uma “importante contribuição para se entender como os
regimes autoritários investigam a vida das pessoas sem que elas tenham a menor
ideia disso”. (Folha de S. Paulo – Poder – 07/07/12)
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