De acordo com o
jornal Correio Braziliense, o Ministério Público Federal (MPF) abriu inquérito
civil, no dia 09/04/15, para investigar eventuais irregularidades no contrato
firmado entre o governo brasileiro e a empresa sueca Saab, em outubro de 2014,
para a compra de 36 aviões de caça modelo Gripen NG, no valor de US$ 5,4
bilhões. Segundo o Correio, a abertura do inquérito, que tramita juntamente a
um inquérito criminal, foi motivada pelo aumento de cerca de US$ 900 milhões em
relação à proposta inicial. Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), as
variações cambiais entre o dólar e a coroa sueca teriam diminuído a diferença
para US$ 758 milhões. Em relação ao acréscimo de US$ 900 milhões no contrato
final, a FAB atribuiu a alguns pedidos de alterações tecnológicas no modelo
inicialmente oferecido pela Saab, como a troca de um painel de três telas
diferentes por um panorâmico, chamado de WAD. De acordo com o periódico, o MPF
conduz investigação para apurar irregularidades no contrato de compra desse
dispositivo, a ser desenvolvido pela empresa brasileira AEL Sistemas, cujo
objetivo é apurar a suspeita de envolvimento de militares da reserva e da ativa
da FAB com a AEL Sistemas. A investigação terá duração de um ano e é passível
de ação civil pública pedindo a anulação do contrato. Segundo o Correio, a FAB
e a AEL Sistemas declaram em nota não terem sido notificadas sobre a abertura
do inquérito, mas colocaram-se à disposição do MPF. A Saab, por sua vez,
afirmou ter ciência das investigações e se dispôs a colaborar. (Correio
Braziliense – Política – 10/04/15)
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