De
acordo com o jornal Correio Braziliense, Josias Nunes de Oliveira, motorista
que dirigia o ônibus envolvido no acidente que matou o ex-presidente da
República, Juscelino Kubitschek (JK), prestou depoimento à Comissão de Direitos
Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O motorista aposentado,
considerado principal testemunha do caso, já foi ouvido pela Comissão da
Verdade de São Paulo, onde afirmou ter recusado uma mala de dinheiro oferecida
para que assumisse o suposto crime. Segundo Durval Ângelo, deputado estadual
que solicitou a audiência, “o surgimento de novos fatos caracteriza como
atentado político o acidente que provocou a morte de JK e de seu motorista”. O
jornal destacou que as dúvidas quanto às circunstâncias da morte de Kubitschek
se devem ao fato do acidente ter ocorrido na época em que a Operação Condor,
ação conjunta de governos militares do Cone Sul contra seus os opositores,
vigorava. O Estado também ressaltou que uma carta do coronel chileno Manuel
Contreras enviada ao então general brasileiro João Baptista Figueiredo, chefe
do Serviço Nacional de Informações (SNI), em 1975, seria outro fator gerador de
suspeitas. Na época morreram também o ex-ministro do Exterior chileno, Orlando
Letelier, o ex-presidente da República brasileiro, João Goulart, e o
ex-governador do estado da Guanabara, na atual cidade do Rio de Janeiro, Carlos
Lacerda. Os três brasileiros formavam o grupo de oposição ao regime militar
Frente Ampla. Ainda de acordo com o jornal, o pedido de nova investigação do
fragmento metálico encontrado no crânio de Geraldo Ribeiro, motorista de
Kubitschek, foi acatado pelo governo do estado de Minas Gerais. No dia
05/11/13, o jornal Folha de S. Paulo, informou que, em seu depoimento, Josia
Nunes de Oliveira negou novamente ter causado o acidente e reafirmou a versão
de que homens o haviam oferecido dinheiro para que assumisse a culpa pelo
ocorrido. Segundo a Folha, a Comissão reivindicou que o Estado faça um pedido
formal de desculpas e que pague uma indenização ao ex-motorista. (Correio
Braziliense – 04/11/13; Folha de S. Paulo – Poder – 05/11/13)
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