quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Memórias da cidade de Brasília III: locais de memória do regime militar permanecem desconhecidos

Segundo o periódico Correio Braziliense, vários locais foram usados para repressão e também pelos movimentos de resistência em Brasília, capital federal, durante o regime militar (1964-1985). Porém, após 49 anos da tomada de poder pelos militares, ainda existem poucos locais concretos de memória do período. De acordo com o Correio, um deles é a Universidade de Brasília (UnB), local onde funciona a Comissão Anísio Teixeira de Memória e Verdade. Outro ponto importante é o Arquivo Nacional que funciona na Imprensa Nacional, situada no Setor de Indústrias Gráficas de Brasília, onde há caixas e computadores contendo documentos do período. Apesar disso, segundo o jornal, os acontecimentos do regime militar ainda estão restritos à memória dos que os vivenciaram. De acordo com Mateus Guimarães, sobrinho do líder estudantil Honestino Guimarães, existem muitos locais simbólicos dos quais não se tem informação alguma e que a mudança nesse sentido deve vir de um processo de educação. Segundo Daniel Faria, professor da UnB e integrante da Comissão da Verdade da instituição, a memória fica “à mercê dos jogos políticos do momento e do esquecimento” quando não há local concreto para ser preservada. Ainda de acordo com o Correio, desde 1976 a ponte projetada por Oscar Niemeyer tem o nome do ex-presidente da República Arthur da Costa e Silva, cuja gestão recrudesceu a censura e a opressão do regime militar e, apesar de queixas de moradores da cidade, permanece com a nomenclatura inalterada. (Correio Braziliense – 06/11/13)

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