De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo,
a Comissão Nacional da Verdade (CNV) tem enfrentado dificuldades para acessar
os arquivos do regime militar (1964-1985). Em entrevista ao Estado, Rosa Maria
Cardoso, que assumiu em 17/05/13 a coordenação da CNV, declarou que o colegiado
tentou todas as formas de solicitação institucional para ter acesso aos
documentos do regime. Segundo Cardoso, a CNV recorreu ao ministro da Defesa, Celso
Amorim, e a informação que tem recebido é a de que os documentos foram
queimados. Amorim, afirmou, em junho de 2012, que a lei seria cumprida pelas
Forças Armadas e os arquivos dos centros de inteligência seriam abertos, porém
houve poucos avanços nesse âmbito desde então. De acordo com O Estado, as
Forças Armadas barraram a entrada do grupo da CNV encarregado de investigar
crimes do Estado nas dependências do Centro de Inteligência de Segurança da
Aeronáutica (CISA), do Centro de Informações do Exército (CIEx) e do Centro de
Informações da Marinha (Cenimar), órgãos responsáveis por operações de combate
a grupos armados que se opunham ao regime. Segundo o jornal, consta na lei que
criou a CNV a possibilidade de requerer acesso a informações ao Poder Judiciário
e já foi discutida a possibilidade de recorrer a um pedido legal de busca e
apreensão. De acordo com O Estado, o Palácio do Planalto tem optado por uma
posição branda em relação à postura adotada pelos militares frente ao acesso às
informações, pois a presidenta da República, Dilma Rousseff, não emitiu
qualquer ordem de liberação dos documentos dos centros de inteligência. (O
Estado de S. Paulo – Política – 16/05/13)
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