Segundo os jornais
Correio Braziliense, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, o ex-procurador
da República e membro da Comissão Nacional da Verdade (CNV), Cláudio Fonteles,
revelou que o Exército utilizou pelo menos três vezes bombas de napalm
(conjunto de líquidos inflamáveis de queima lenta e que adere ao alvo) em
ataques contra a Guerrilha do Araguaia (1967-1974). Em um dos documentos
encontrados, o “Relatório de Apoio Aéreo” (1972), o tenente-coronel Flarys
Guedes Henriques de Araújo confirma o uso das bombas na região. Além disso, a
Folha de S. Paulo relatou que informes produzidos pelo Exército durante o
regime militar (1964-1985) afirmam que as “prisões de “políticos, pessoas de
relevo e jornalistas” deveriam ser autorizadas pelo presidente da República”.
Para Fonteles esses documentos revelam a "centralização absoluta das
decisões nos comandos hierarquizados do Estado ditatorial militar",
entretanto não existe confirmação de que os presidentes eram avisados sobre as
prisões. Há também documentos que determinavam o que seria feito no “campo
psicossocial” para censurar a imprensa, e que essas ações deveriam ser feitas
24 horas por dia. Em outro documento, baseado nos manuscritos do falecido
coronel Julio Miguel Molinas Dias, ex-comandante do Destacamento de Operações
de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) do 1º
Exército no Rio de Janeiro, há informações sobre o frustrado atentado no
Riocentro, em 1981 e sobre os procedimentos adotados pelos militares para
abafar o caso. (Correio Brasiliense – 10/05/13; Folha de S. Paulo – Poder –
10/05/13; O Estado de S. Paulo – Política - 10/05/13)
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