De acordo com os
jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, um acervo de documentos
relacionados a investigações da Comissão Nacional da Verdade (CNV) será
disponibilizado para consulta pública no Arquivo Nacional, na cidade do Rio de
Janeiro. Segundo a Folha, os documentos também estarão disponíveis na internet.
Segundo a Folha, o acervo contará com “documentos, testemunhos de vítimas e
familiares, depoimentos de agentes do Estado, 47 mil fotografias, vídeos de
audiências públicas, registros de diligências, laudos periciais, plantas e
croquis de estruturas militares”. Haverá ainda documentos oriundos de comissões
locais, parentes de vítimas e cooperação com governos de países como Argentina,
Alemanha, Chile, Estados Unidos e Uruguai. O primeiro lote, composto por cerca
de 6 mil documentos, já foi recebido pelo Arquivo Nacional, porém ainda não
está aberto ao público. A previsão é de que o segundo lote seja disponibilizado
no mês de agosto. De acordo com O Estado, o ministro-chefe da Secretaria de Direitos
Humanos da Presidência da República, Pepe Vargas, ressaltou a importância de
que o povo conheça sua história para tomar decisões no presente. Os periódicos
lembraram que a CNV, instalada em 2012, tinha como objetivo investigar
violações de direitos humanos ocorridas durante o regime militar (1964-1985) no
país. Em relatório final, entregue em dezembro de 2014, a comissão apontou 377
agentes como responsáveis por crimes no período, 434 mortos e desaparecidos por
ação do regime, além de uma lista contendo locais onde ocorreram violações. O
Estado ressaltou a notável presença, nas listas, de médicos acusados de atuar
em institutos legais nos quais eram fraudados laudos para encobrir violações
cometidas por agentes do regime. (Folha de S. Paulo – Poder – 25/07/15; O
Estado de S. Paulo – Política – 25/07/15)
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