De acordo com o
periódico O Estado de S. Paulo, o governo federal enviou, na semana do dia
15/06/15, dois projetos com pedido de urgência ao Congresso Nacional para se
adequar às exigências de órgãos internacionais, os quais cobram do Brasil a
tipificação e punição de práticas específicas de atos terroristas e o combate
ao financiamento do mesmo. Segundo o jornal, essa exigência existe há bastante
tempo, visto que o país é signatário da Convenção Internacional para a
Supressão do Financiamento do Terrorismo. De acordo com o periódico, o tema ganhou
destaque especial no mês de abril, período em que a cúpula do Grupo de Ação
Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo,
organização da qual o Brasil é integrante, visitou o país e cobrou a criação de
mecanismos de combate à proliferação do terrorismo e ao financiamento desses
atos. Como consequência, o país encaminhou suas propostas a tempo da reunião do
grupo, que ocorrerá entre os dias 21 e 26/06/15, na Austrália, para assim
evitar as primeiras sanções. Esta visita ao Brasil resultou em notificação do
governo federal que pode causar até mesmo a saída do país da organização. Caso
isso ocorra, o Brasil poderá sofrer sanções financeiras e integrar uma “lista
negra” do órgão da qual fazem parte países como Irã e Coreia do Norte. O texto
encaminhado pelo governo federal ao Congresso excluiu a possibilidade de que
movimentos sociais e manifestações políticas sejam enquadradas no crime de
terrorismo. O projeto define o que são as organizações terroristas, quais
motivações e finalidade. Segundo O Estado, esse prevê para os integrantes dos
grupos terroristas de 8 a 12 anos de prisão e punição para aqueles que forem
flagrados planejando um “ato preparatório de terrorismo”. Esta especificação
faz com que a lei abra a possibilidade de que crimes de terrorismo sejam
investigados no Brasil pela Polícia Federal, além de enquadrar os chamados
“lobos solitários”, pessoa que não participa especificamente de um grupo, mas
age sozinha motivada por uma ideologia ou inspirada em uma ação coletiva. (O
Estado de S. Paulo – 19/06/15 – Política)
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