sábado, 16 de julho de 2011

General da reserva critica o sucateamento das Forças Armadas

Em coluna opinativa para o jornal O Estado de S. Paulo, o general da reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva, membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil, defendeu um maior investimento na área da defesa. Segundo Paiva, devido às conjunturas interna e externa, as Forças Armadas Brasileiras encontram-se “raquíticas, obsoletas e sem um projeto integrado que oriente sua evolução”. O ex-comandante da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército criticou o fato do Brasil almejar ser uma potência global e não investir na defesa de seu território, com ênfase na “Amazônia Verde” e na “Amazônia Azul”, fontes de “riquezas cobiçadas por potências contra as quais não temos a menor capacidade de dissuasão”. O ex-militar ressaltou a necessidade de o país possuir Forças Armadas condizentes e atuantes com os desígnios de sua política externa. Todavia, considera que o Brasil errou ao seguir a cartilha das potências ocidentais no pós-Guerra Fria, ao direcionar suas Forças Armadas para o enfrentamento das chamadas “novas ameaças”. Segundo Paiva, essa submissão distorceu a real necessidade estratégica brasileira. Ao considerar que o Ministério da Defesa possui um papel secundário nas decisões em política externa, em detrimento das decisões do Ministério das Relações Exteriores (MRE), o ex-militar afirmou que o MRE “endossa a ideia de Brasil potência da paz, cuja atuação restrita ao soft power seria suficiente para uma forte influência internacional, dispensando um poder militar compatível com seu perfil estratégico”. (O Estado de S. Paulo – Opinião – 21/06/11)

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